A constelação familiar é uma técnica terapêutica que visa resolver conflitos familiares e facilitar a compreensão de transtornos psicológicos,
foi desenvolvida pelo teólogo, filósofo e pesquisador alemão Bert Hellinger (1925-2019).A técnica é baseada em conceitos energéticos e fenomenológicos, e utiliza dramatizações de situações para recriar cenas que envolvam os sentimentos e sensações do constelado sobre sua família.
Durante as sessões, são recriadas situações que, de alguma maneira, retratam o Sistema Familiar, ou seja, as ligações afetivas, emocionais e psicológicas que o constelado(a) tem com os membros do seu sistema familiar, por meio dessas cenas, o Constelador(a) consegue identificar os sentimentos e emoções que ligam o Constelado(a) ao seu sistema, trazendo à luz as origens de medos, inseguranças, vícios, dificuldades de relacionamento e ciclos de erros que vão se arrastando pela hereditariedade das pessoas.O objetivo da Constelação Familiar é gerar felicidade. Nós só podemos alcançar a felicidade quando sentimo-nos livres de prisões afetivas, emocionais e psicológicas que nos prendem ao passado ou que nos fazem repetir os mesmos erros das pessoas de gerações passadas.
As mais profundas questões que nos acompanham são reflexos de relacionamentos problemáticos com pai ou mãe e, ou ainda uma biometização dos comportamentos dos excluidos familiares do presente e do passado , portanto, ao compreender e aceitar certos comportamentos, bem como ao tomar a decisão de perdoar, percebemos nosso caminho livre para seguir nossa vida sem aprisionamento com a história passada que já não pode ser mudada.
Para alcançar tal resultado, a Constelação Familiar baseia-se em três leis: a do Pertencimento, da Ordem e do Equilíbrio. A seguir, exploraremos cada uma delas:
A Lei do Pertencimento
Todo membro da família pertence ao sistema e, por isso, precisa ter o seu lugar respeitado e garantido. Quando alguém é privado desse pertencimento, geralmente experimenta situações negativas na vida adulta. É o caso, por exemplo, de filhos rejeitados pelos pais e que desenvolvem vícios de drogas ou alcoolismo.
A Lei da Ordem
Existe uma ordem no seio familiar e que, ao ser desrespeitada, também gera desequilíbrio. Por exemplo: o pai tem sua função na família, que passa pela provisão financeira e, também, de liderança na tomada de decisões. Quando ele não cumpre este papel, é natural que haja desequilíbrio, e filhos cresçam inseguros e sem firmeza para enfrentar desafios, por exemplo.
A Lei do Equilíbrio
Por último, temos a Lei do Equilíbrio, que diz que cada membro da família deve viver em pé de igualdade de importância com os demais membros do sistema.
Embora cada um tenha seu papel, como exposto na Lei da Ordem, ninguém pode ser visto como mais importante. Relacionamentos onde o esposo sente-se maior que a esposa, por exemplo, resulta em relacionamentos dramáticos e traumatizantes para os filhos.
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